Primeiro temos que entender o conceito de moeda. Ela sempre foi usada para fazer negócios. No início das primeiras sociedades na Terra moedas eram representadas por seu patrimônio na forma de gado, plantações, terras que possuía e na troca de alimentos, isso era chamado de escâmbio.
Com o passar dos séculos as sociedades foram se desenvolvendo, até chegar um momento que essa relação de troca equivalente passou a acontecer com pedras preciosas, que formam as duas principais características que temos: a primeira chama-se lastro e a segunda característica é a confiança.
Lastro e confiança
Moedas tem lastro porque você pode precificar o ouro, a Prata etc numa quantidade de acordo com quantos quilos você tem, cada quilo vale tanto para ser negociado garantindo que a moeda vale exatamente aquilo que falamos que ela vale e também o lastro garante a escassez, uma quantidade limitada circulando para evitar a inflação.
E a confiança nessa moeda se dá pelo curso forçado que obriga a todos aceitarem a sua moeda como troca seja o real, euro, dólar e tem poder liberativo para quitar a dívida após o negócio finalizar entre as partes.
O fim do lastro
Aí é que entra quando o Lastro na atualidade foi removido de todas as moedas do mundo, no Brasil, por exemplo, o nosso Lastro vai estar relacionado com a confiança na nossa capacidade de produzir.
Temos um Produto Interno Bruto de trilhões de reais todos os anos. Então o Lastro do Brasil é grande o suficiente para você ter a confiança de emprestar dinheiro no tesouro naciona, para que seu negócio seja quitado conforme combinado na moeda.
Mas se as contas não fecham o governo continua a pedir mais dinheiro emprestado, para fortalecer a produção do país mesmo que signifique imprimir mais moeda aumentando a inflação.
Para garantir de você ter esse patrimônio de volta que emprestou, o que significa a moeda do país perder poder de compra todos os anos pela inflação, o que não é uma característica do Ouro mas sim das moedas sem lastro chamadas de moeda fiduciária.
Como o Lastro é compatível com sua capacidade de produzir, com o seu poder de compra, acaba que as moedas não seguem mais um lastro, não se limitam. O que mantém a confiança na moeda é fé pública em promessas de políticos.
Inflação e desvalorização
Se o governo não cuida bem das contas públicas então vamos impor uma garantia a mais no nosso negócio, que é receber de volta com juros compostos e a dívida nunca acaba, as moedas ficam sempre se desvalorizando porque a conta não fecha.
Assim o conceito só de lastro não existe mais na prática porque o lastro sempre serviu como uma espécie de restrição às práticas inflacionistas, no controle por moedas com lastro ao Ouro. Por exemplo, se fosse assim não teria como os governos fazerem grandes obras, já que sempre vai ser pedido uma garantia a mais que ele não tem de recursos próprios para fazer.
Ele sempre vai precisar fazer promessas maiores para conseguir negócios, sem estar limitado a um lastro para fazer grandes obras e grandes investimentos no estado, tendo confiança pela credibilidade do banco central do país em quitar esses débitos.
Então acontece que sempre se imprime mais dinheiro sem controle. Por isso, quem só tem dinheiro na moeda do país, vai estar sempre perdendo para a inflação com seus juros negativos.
Vamos ver a seguir o que isso tem a ver com o Bitcoin?
Bitcoin: o novo lastro
O Bitcoin é uma moeda digital para troca de valor, porém no processo inverso do que as moedas de cada país são atualmente, ele segue as características do Ouro e não das moedas fiduciárias.
Enquanto o governo força você a acreditar e ser dependente de uma moeda sem lastro, que se imprime dinheiro a rodo só se desvalorizando sem parar, corroendo seu poder de compra todos os anos.
Blockchain e segurança
Primeiro que o Lastro do Bitcoin é limitado em até 21 milhões de unidades. Conforme a demanda por ele aumentar e a oferta diminui, o valor dessa moeda tem a capacidade de valorizar.
Por ser um algoritmo com tecnologia blockchain, que é o segundo ponto sob ser a moeda mais segura do mundo, onde não tem intermediários para transmitir informações de pagamentos e liquidação de forma descentralizada.
Então se você tem dinheiro em Bitcoins você valida as suas transações baseado na prova criptográfica, por meio de vários computadores e não precisa se preocupar em confiar em intermediários como o governo.
Você pode fazer pagamentos com outra pessoa sem passar pelo sistema financeiro, é uma moeda cujo valor não precisa da confiança de nenhum governo ou instituição, mas sim da própria confiança do algoritmo por trás do bitcoin.
Proteção contra governos e inflação
E por conta do Lastro ser artificial (sintético) existe sim um limite máximo disponível que é o Lastro do bitcoin. Porém ele é descentralizado e vai estar concentrado nas mãos de poucas pessoas no futuro, assim como aconteceu com o Ouro se tornando uma má distribuição de renda.
O que importa é toda essa rede de confiança que está por trás do Bitcoin, por ser muito privado não tem como o governo fiscalizar e impedir suas transações, ou até mesmo reter imposto na fonte dos negócios que você faz.
Portanto, o Bitcoin gera por si só uma confiança via algoritmo que determina quanto que vai ser o valor dele, sobre total controle do seu lastro de forma descentralizada.
Não tem como o governo emitir Bitcoins ou acontecer fraudes e desvios na Blockchain do Bitcoin, logo é uma moeda que sempre vai valorizar com o tempo, e te proteger financeiramente das circunstâncias ao seu redor.
Por que o Bitcoin pode ser considerado a verdadeira moeda?
O nosso mundo é dominado pelo rei da Mentira e todas as moedas que são administradas pelo estado podem sucumbir, pela busca por poder e ganância onde a inflação estoura fazendo perder todo o seu valor.
Enquanto o Bitcoin ele já é a moeda que mais se assemelha ao ouro, ao verdadeiro lastro com valores reais e limitados dessa moeda. Tem a verdadeira confiança que se deseja ao negociar algo de forma descentralizada, com total segurança.
O Bitcoin é algo que não precisa ter confiança no governo para fazer, você simplesmente usa essa moeda digital e faz negócios com outra pessoa de forma descentralizada, sem ter o controle do Estado para validar as transações ou tomar seu patrimônio, a propriedade privada é absoluta.
Futuro do Bitcoin
O Bitcoin é escasso então cada ano que passa terão menos bitcoins para minerar pelos supercomputadores, ele vai ter uma má distribuição de renda no planeta igual ao Ouro em que 70% do Ouro encontra-se na Europa.
Então a inflação desse ativo tem variações muito bruscas pela especulação de mercado, você pode ganhar muito ou perder muito para a volatilidade do Bitcoin se investir sem entender a moeda, que é a realidade de quem só pensa no curto prazo e tenta fazer Day Trade.
Assim sendo, como uma forma de proteger seu patrimônio no longo prazo é bom no sentido de ninguém poder tocar seu dinheiro, tomar de você ou cobrar impostos etc. Você acumula patrimônio em algo que não desvaloriza conforme o tempo passa.
Reserva de valor
Bitcoin não é lógico para ser seu fluxo de Caixa para compras do dia a dia por ser muito volátil, o ideal é não usar muito ele sendo mais para proteger seu patrimônio de tudo e todos (ninguém pode tirar de você).
Já como uma moeda o Bitcoin tem lastro que sempre mantém a escassez e a confiança no algoritmo matemático que dá o valor do Bitcoin. Ele não é controlado por um governo, mas sim a própria rede de usuários do Bitcoin que controla os Nodes que validam as transações.
Portanto, não tem nada igual para proteger e armazenar seu patrimônio. Também o Bitcoin será usado para substituir as moedas digitais sintéticas que os governos vão criar, já que tem muita coisa bacana na tecnologia blockchain para segurança das transações.
Não existe outra forma de fazer negócios sem precisar confiar no outro que não seja o Bitcoin e, principalmente, para acumular patrimônio no longo prazo só podemos compará-lo ao Ouro.
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