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Conflito de Interesses com Assessores de Investimentos

A grande armadilha do mercado financeiro é o conflito de interesses.

Quando falamos do mercado financeiro, ainda precisamos enfrentar, por diversas razões, uma série de procedimentos muito viciados, em termos de conflitos de interesse.

Um modelo no qual a corretora é remunerada de acordo com os produtos indicados aos clientes sem contar aos clientes que estão recebendo comissões e qual o valor delas, isso é o que chamamos de conflito de interesses e vou comentar como ele atrapalha seus investimentos:

– No mercado financeiro, o conflito se dá na relação dos clientes com suas corretoras e bancos.

– O conflito é produto de um modelo viciado: diferentes produtos de investimento têm diferentes taxas, e é aí que começa a distorção.

Há fundos em que a administração cobra 4%, outros em que a taxa permanente é de 2%, mas o cliente ainda paga uma taxa de performance, que incide sobre o retorno.

Além das diferentes taxas, bancos e corretoras trabalham com metas. Assim fica difícil saber se os produtos indicados são os melhores para você e para seus objetivos ou se são os que dão mais retorno e batem as metas de quem os indica.

O conflito de interesses na escolha dos produtos

Não é só na indicação dos produtos que o conflito de interesses prejudica o cliente. Na escolha dos investimentos, isso também ocorre e faz com que você compre ativos na alta e venda na baixa e corra grande risco de perder dinheiro enquanto seu assessor recebe comissões mesmo com ele dizendo que “a assessoria é gratuita”.

Tomemos como exemplo o investimento em crédito privado que é um investimento bastante conservador como COE, CRI, CRA e DEBENTURES que são péssimos produtos financeiros com alto risco de mercado, pouca liquidez e retorno real abaixo da taxa Selic além de não contar com a proteção do FGC e que são muito recomendados por assessores de investimentos porque pagam muita comissão para eles.

Todos os dias, bancos emitem CDBs para conseguir dinheiro suficiente para fechar suas contas. A remuneração dos CDBs varia muito de banco para banco. Bancos grandes, com muitos correntistas, dependem menos desta modalidade de crédito e, portanto, oferecem juros mais baixos que os bancos menores.

Quando você investe em crédito privado em fundos de renda fixa de grandes bancos, além das altas taxas, que chegam a 4%, seu dinheiro não está indo para às instituições que pagam mais pelos seus aportes e você acaba por não ter a rentabilidade que poderia estar tendo com o conhecimento correto e até mais risco de perder dinheiro ou não conseguir resgatar quando precisar.

A maioria das pessoas tem medo de investir e o que elas conhecem como investimentos são aqueles produtos que o assessor, corretora ou gerente do banco oferece e geralmente esses produtos de investimentos que vão te oferecer são muito inferiores aos produtos que alguém sem o conflito de interesses vai te oferece.

Portanto, entenda que ninguém quer te dar dinheiro, todos querem o seu dinheiro. Então o conflito de interesses existe para enrolar você te apresentando supostos bons investimentos que na verdade não são os mais alinhados com os seus objetivos financeiros mas sim os que pagam maior comissão para quem indica eles para você já que no Brasil os assessores ainda são remunerados com comissões que é uma coisa proibida em vários países do mundo.

Dito isso, a minha mensagem é que você precisa sim investir mas nos lugares corretos e com objetivos claros, se alguém só te oferece produtos só por oferecer mas não tem nenhuma estratégia de verdade para alinhar seus objetivos financeiros com o que ele te apresenta então saiba que não é o lugar certo.

A pessoa certa para te auxiliar com relação a investimentos é a que vai te dizer aquilo que você precisa fazer para alcançar seus objetivos e não aquela que vai te dizer o que você quer ouvir como por exemplo dizer que esse produto te dá uma rentabilidade de 87% do CDI que por ignorância você acha bom mas não é nem de longe algo rentável porque o investimento mais seguro do Brasil que é o Tesouro Direto te dá rentabilidade de 100% do CDI sempre.

O que um profissional qualificado vai te apresentar?

O primeiro passo ele vai entender o seu perfil de investidor. Na prática, significa entender a sua tolerância ao risco e o seu nível de compreensão sobre os produtos financeiros. Depois, é preciso definir os objetivos, porque investimentos com prazo mais curtos tendem a ser bastante diferentes de investimentos de longo prazo.

Isso acontece porque deve-se calcular a relação entre risco e retorno, colocando os riscos a seu favor. Se o seu perfil for conservador vai optar primeiro por proteger seus ativos mais do que em ter uma boa rentabilidade, vai investir mais em produtos de renda fixa.

Se o seu perfil for moderado, tentará equilibrar essa segurança nos investimentos com uma rentabilidade um pouco maior. Nesse ponto, aceitará alguns riscos para que o dinheiro renda mais e terá mais tolerância para investir em renda variável.

O arrojado, por sua vez, é aquele que deseja ganhar mais em menos tempo, ainda que isso signifique correr mais riscos se expondo mais a renda variável. Lembre-se que quanto maior for a rentabilidade de um produto, maior é o risco.

Dito isso, vamos ao segundo ponto que um profissional vai te apresentar que é investir por objetivos e te auxiliar a definir seus objetivos financeiros.

Afinal, se você não sabe aonde deseja chegar, não tem como escolher o melhor caminho a seguir. Do contrário, você estaria “investindo por investir” e aí você terceiriza suas responsabilidades de saber o que está acontecendo com o seu dinheiro para o seu assessor e para cair no conflito de interesses é muito fácil.

Os investimentos por objetivos podem ser entendidos como uma forma de encurtar o caminho até seus sonhos. Através do investimento por objetivos, você passa a ter mais clareza de onde quer chegar, o que garante mais disciplina para investir todos os meses.

Investimento por objetivos é um método que ajuda você a poupar e investir de acordo com os seus objetivos de vida — como ter uma reserva de emergência, comprar uma casa ou viajar com a família, por exemplo.

Depois de entender seu perfil de tolerância ao risco e seus objetivos financeiros é que ele vai montar uma carteira de investimentos adequada para você e não a mais adequada ao bolso dele.

Após montar sua carteira de investimentos você usa novos aportes, você usa dinheiro novo para comprar aquilo que está abaixo da meta da sua carteira ou vende aquilo que está em alta na sua carteira para comprar na baixa o que está em falta.

Agradeço pela sua atenção e desejo que faça bom uso dessas dicas.

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